Em discurso durante a Assembleia-Geral da ONU nesta sexta-feira (23), o primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Damukana Sogavare, disse que seu país foi submetido a "uma enxurrada de críticas injustificadas e infundadas, desinformação e intimidação" desde a formalização das relações diplomáticas com a China em 2019.
Sogavare afirmou que as Ilhas Salomão foram "injustamente alvejadas" e "vilificadas" na mídia, acrescentando que tal tratamento "ameaça nossa democracia e soberania", segundo a Reuters.
O premiê também destacou que "nossa luta é para desenvolver nosso país" e que por isso a diplomacia do país "estende a mão de amizade e busca cooperação e parceria genuínas e honestas com todos".
"Ao implementar esta política, não nos alinharemos com nenhum poder externo ou arquitetura de segurança que tenha como alvo nosso ou qualquer outro país soberano ou ameace a paz regional e internacional. As Ilhas Salomão não serão coagidas a escolher lados", disse ele.
A região das ilhas do Pacífico tornou-se um novo teatro de competição geopolítica entre a China e os Estados Unidos e seus aliados. Essa competição se intensificou este ano depois que a China assinou um acordo de segurança com as Ilhas Salomão, provocando alertas de uma militarização da região.
Pequim e Honiara disseram que não haverá base militar chinesa sob o pacto de segurança, embora um rascunho vazado se refira ao reabastecimento de navios da Marinha chinesa no arquipélago estrategicamente localizado.