."Sem dúvida, à luz das evidências, não podemos deixar de conceder a vitória às forças de direita que Giorgia Meloni capitaneou. Esta é uma noite triste para o país", disse Serracchiani em entrevista coletiva.
Nesse sentido, Serracchiani anunciou a transição do Partido Democrata para a oposição.
"Somos a segunda força política do país e a primeira força de oposição", acrescentou, prometendo que os democratas desempenhariam o papel da oposição, assumindo sua responsabilidade, "inclusive diante da Europa".
Uma pesquisa de boca de urna realizada pela emissora italiana RAI apontou que a coalizão de centro-direita que une os partidos Irmãos da Itália, Liga, Forza Italia e o Partido Moderado deveria conquistar até 65% dos assentos do Parlamento italiano nas eleições realizadas neste domingo (25).
De acordo com a pesquisa, a coalizão obteria de 227 a 257 dos 400 assentos na Câmara dos Deputados italiana, e entre 111 e 131 assentos do total de 200 do Senado.
A sondagem aponta que a coalizão deve ganhar entre 41% e 45% dos votos no pleito.
Meloni será a primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra na história do país. Porém, analistas apontam que a ascensão de uma líder de extrema direita, como é o caso de Meloni, pode fragmentar a Europa.
Na última quinta-feira (22), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse estar disposta a trabalhar junto "com qualquer que seja o governo democrático". "Se as coisas forem em uma direção difícil, eu falei da Hungria e da Polônia, nós temos ferramentas", apontou von der Leyen.
Uma outra pesquisa de boca de urna, feita pela emissora italiana RaiNews24, aponta que a coalizão de centro-esquerda liderada pelo Partido Democrata recebeu entre 25,5% e 29,5% dos votos. Já o Movimento Cinco Estrelas, terceira força política mais popular do país, não teve um bom desempenho. De acordo com a sondagem, a legenda obteve entre 13,5% e 17,5% dos votos.