De acordo com o jornal Global Times, as relíquias foram descobertas durante os trabalhos arqueológicos no estuário №2 no rio Yangtzé.
Trata-se do maior navio alguma vez descoberto neste rio. Especialistas determinaram que a embarcação era um veleiro da época do reinado do imperador Tongzhi da dinastia Qing (1644-1911).
Recuperação do maior naufrágio da China em Yangtzé, onde foram retirados mais de 600 artefatos.
O navio tinha 38,5 metros de comprimento e 7,8 metros de largura. Determinou-se que o navio tinha 31 cabines. No entanto, ainda não se sabe quando o naufrágio aconteceu.
Sabe-se que o incidente ocorreu a nordeste da ilha de Hengsha, em Xangai. Atualmente, o casco de madeira está a uma profundidade de 5,5 metros.
Até agora foram recuperados mais de 600 artefatos, mas os pesquisadores acreditam que o número de relíquias encontradas só vai crescer. Os objetos indicam que o navio transportava uma carga valiosa.
Xangai revelou o mais recente lote de artefatos recuperados do projeto № 2 do Estuário do Rio Yangtzé, incluindo cerâmica de esmalte verde feita em Jingdezhen. O projeto de recuperação e realocação está centrado em um dos maiores e mais bem preservados antigos naufrágios de madeira do mundo.
Os artefatos mostram que houve constantes trocas culturais entre a China e o Ocidente, disse Liu Zheng, membro da Academia de Relíquias Culturais da China, ao jornal. Por exemplo, segundo Liu, a porcelana de esmalte verde, produzida na cidade de Jingdezhen, que é a capital chinesa de porcelana, foi inspirada nas técnicas europeias de fabricação de porcelana.
"Tais objetos de porcelana mostram o quão bem a China poderia 'assimilar' as culturas ocidentais e [o país] adotou tais culturas há 100 anos", enfatizou especialista.
Arqueólogos acreditam que o navio seguia a chamada Rota da Seda marítima.