"Com base na opinião de especialistas, acredito que a ideia de estabelecer um 'teto' ao preço do petróleo russo criará um enorme desequilíbrio no mercado de petróleo. Isto fará com que os preços fiquem fora de controle", disse Faría que está em Nova York participando dos eventos da Assembleia Geral da ONU.
O ministro acrescentou que os preços do petróleo estão agora sob controle graças aos acordos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), que têm como objetivo não prejudicar nem outros países produtores de petróleo nem os países importadores.
Ao mesmo tempo, Faría afirmou que, se a medida do teto de preços for implementada, é possível que ocorra o mesmo efeito bumerangue que aconteceu com as sanções que têm sido aplicadas até o momento.
O chanceler venezuelano acrescentou que as sanções impostas contra a Rússia impedem que Moscou possa continuar levando adiante a sua função de fornecedor confiável de petróleo e gás à Europa, Oriente Médio e China, o que agrava a situação energética no mundo.
Depois de realizar uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, Faría também observou que o comércio entre a Venezuela e a Rússia tem sido complicado devido às sanções ocidentais, mas não se tornou impossível, com Moscou e Caracas explorando maneiras de continuar a cooperação.
A imposição de um limite de preço ao petróleo russo significaria que Moscou não poderia vender o seu petróleo segundo o preço de mercado, sendo obrigada a respeitar o teto imposto pelo G7. O objetivo da iniciativa é, segundo os seus autores, reduzir as receitas russas provenientes da venda de petróleo.