Segundo a operadora, todos os recursos no momento estão mobilizados para avaliar os danos.
"A Nord Stream AG iniciou a mobilização de todos os recursos necessários para um levantamento dos danos em cooperação com as autoridades locais relevantes. Atualmente não é possível estimar um prazo para a restauração da infraestrutura de transporte de gás", disse a empresa em um comunicado.
Ainda segundo a operadora, a queda de pressão em ambas as partes do Nord Stream permite assumir com segurança que o vazamento do gasoduto foi causado por danos físicos, registrados na Dinamarca e na Suécia. A guarda costeira dos países foi acionada.
"Registrado ontem como resultado de um vazamento de gás, uma queda acentuada na pressão em ambas as roscas do gasoduto Nord Stream 1 nos permite assumir com confiança que o vazamento do gasoduto é causado por danos físicos", afirma a operadora.
Na segunda-feira (26), a Nord Stream 2 AG informou que em uma das linhas da Nord Stream 2 (estava cheia de gás técnico após a construção, mas não funcionou) ocorreu uma emergência nas águas dinamarquesas perto da ilha de Bornholm, acompanhada por uma forte queda de pressão. Em particular, o representante oficial da operadora observou que a pressão caiu de 300 para 7 bares (unidade de medida de pressão). As razões são desconhecidas e uma investigação está em andamento, a empresa especificou.
As causas do incidente ainda são incertas e serão definidas após investigação. Ao comentar uma possível sabotagem em relação ao gasoduto Nord Stream, Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia, afirmou que neste momento nenhuma hipótese pode ser descartada.
"Agora nenhuma hipótese pode ser descartada. É óbvio que há algum tipo de dano no gasoduto, mas o que o causou — antes que as investigações esclareçam, é impossível descartar qualquer hipótese", afirmou.
A pressão em uma das linhas do Nord Stream 2 caiu acentuadamente durante a noite, sendo que o mesmo aconteceu com as tubulações do Nord Stream 1 na tarde de segunda-feira (26).
Em resposta, a Dinamarca estabeleceu uma zona de segurança de cinco milhas náuticas no local após a emergência.
O trabalho do gasoduto, que continua cheio de gás, foi suspenso desde o fim de agosto devido a problemas com o reparo de turbinas causados por sanções ocidentais impostas à Rússia em resposta à sua operação militar especial na Ucrânia.
Principal rota de fornecimento de gás à Europa, o Nord Stream — de 1.224 quilômetros — foi projetado para fornecer combustível azul através do mar Báltico, desde o ponto de entrada, em Vyborg, na Rússia, até o ponto de saída, em Lubmin, na Alemanha, com capacidade de 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano.