Por meio de um documento ao qual a Sputnik teve acesso, os observadores que representam 45 Estados divulgaram um relatório sobre o trabalho realizado entre os dias 23 e 27 de setembro no âmbito dos plebiscitos de Donetsk, Lugansk, Zaporozhie e Kherson.
De acordo com o relatório, o processo foi realizado regularmente, com alto índice de participação, e sem que incidentes como dupla votação, falta de cédulas e materiais ou irregularidades na contagem dos votos fossem registrados.
Da mesma forma, os observadores asseguraram que foi respeitado o direito ao sigilo dos cidadãos participantes, que exerceram seu direito de livre expressão sem atos de coação, pressão e cientes da decisão que estava sendo tomada mediante seu voto.
"Os referendos foram organizados de acordo com os padrões geralmente aceitos e foram classificados pelos observadores como muito bons. Todas as condições foram criadas para a livre expressão da vontade dos cidadãos de acordo com os princípios e padrões — universal, equitativo e direto para participar do referendo, escrutínio secreto, abertura e publicidade dos procedimentos do referendo", diz o relatório preliminar.
Apesar do bom equilíbrio geral, os observadores notaram que em alguns distritos foram registradas ações das Forças Armadas ucranianas intimidando os moradores e coagindo-os a não participar do processo. Eles também denunciaram uma forte campanha da mídia ucraniana e de alguns meios de comunicação internacionais.
"A contagem dos votos e a apuração dos resultados dos referendos, também assistidos por observadores internacionais, foi realizada em estrita observância da ordem estabelecida de acordo com a informação recolhida", sublinha o documento.
Os observadores destacaram que o processo de referendo de adesão da RPD e RPL, bem como das regiões de Zaporozhie e Kherson, é um mecanismo incluso no direito à livre autodeterminação dos povos que consta na Carta da Organização das Nações Unidas Unidas (ONU).