Draghi entrou em contato com o presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen para dar garantias sobre as três principais linhas de ação do próximo governo italiano, que vai ser formado com base nos resultados das eleições de domingo (25). Em particular, Draghi garantiu que o governo vai continuar a apoiar a Ucrânia, inclusive em termos militares, vai seguir a União Europeia (UE) na questão das sanções contra a Rússia e "sem hesitação" vai apoiar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), segundo fontes em Bruxelas.
Uma coalizão que se autodenomina de centro-direita obteve cerca de 44% dos votos nas eleições para o Senado e a Câmara dos Deputados da Itália no último domingo. O principal parceiro da coalizão é o partido Irmãos de Itália de Giorgia Meloni, que obteve mais de 26% dos votos.
Nos últimos três dias, Draghi teve duas conversas telefônicas com Meloni, que deve se tornar a nova primeira-ministra da Itália, informou La Repubblica. De acordo com informações ainda não verificadas, as autoridades teriam tido inclusive uma reunião presencial.
O destino de Meloni depende se ela vai abandonar a política radical da campanha eleitoral e se voltar para os parceiros tradicionais de Roma, diz a matéria.
Após a publicação do La Repubblica, o Palácio Chigi (sede do Conselho de Ministros) negou as informações, dizendo que Draghi "não fez acordos ou compromissos".