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Com polarização exacerbada, eleições brasileiras em Portugal terá efetivo de segurança reserva

O clima de polarização levou as autoridades portuguesas a deixarem um efetivo de segurança reservado para ser acionado em caso de emergência. Portugal é o segundo maior colégio eleitoral no geral no exterior, com 80 mil eleitores aptos a votar.
Sputnik
Nesta quinta-feira (29), o cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Wladimir Valler Filho, disse, em entrevista coletiva citada pelo jornal O Globo, que haverá efetivo de segurança de reserva para ser acionado em caso de necessidade durante o domingo (2), dia das eleições brasileiras.
"Vamos trabalhar com a possibilidade de aumentar o reforço privado. Sendo necessários, serão convocados, é uma reserva. A segurança foi planejada proporcionalmente ao número de eleitores", explicou Filho.
De acordo com a mídia, o embaixador já havia anunciado o reforço do efetivo particular, que passou de cinco para dez seguranças em quatro anos. Também adiantou que a Polícia de Segurança Pública (PSP) fará o mesmo, sem dar maiores detalhes.
"A segurança da PSP aumentou em razão das informações que passamos a eles, é proporcional ao aumento de eleitores", disse Filho.
Portugal é o segundo maior colégio eleitoral no geral no exterior, com 80 mil eleitores aptos a votar, atrás apenas dos Estados Unidos. Lisboa agora é, individualmente, o maior colégio eleitoral no exterior, com cerca de 45 mil votantes. Porto tem 30 mil e Faro, cinco mil, segundo a mídia.
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O cônsul-geral em Lisboa lembra que as regras do dia da eleição são as mesmas do Brasil.
"As regras dizem para não consumir bebida alcóolica, portar armas e fazer propaganda. Os eleitores estão autorizados a usar camisas e adereços, mas de maneira individual e silenciosa. O celular deverá ser deixado com o mesário. E a votação será de 08h00 às 17h00 (04h00 às 13h00 no horário de Brasília)", informou Filho.
A segurança virou uma preocupação devido ao aumento da polarização, com casos de violência no Brasil durante a campanha. Coletivo de esquerda organizado em Portugal, o Andorinha manifestou por escrito este temor ao consulado em Lisboa esta semana.
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