Agora, embora o rio pareça ter se reduzido ao longo do tempo, ele ainda fornece evidências físicas que permitem às pessoas imaginarem a era de ouro de Kaifeng. Novas descobertas arqueológicas das ruínas da Ponte Zhouqiao foram reveladas em uma coletiva de imprensa pela Administração Nacional do Patrimônio Cultural na quarta-feira (28) em Pequim.
Em 28 de setembro, a Administração Nacional do Patrimônio Cultural anunciou as grandes descobertas arqueológicas da Ponte Zhouqiao na cidade Kaifeng da província de Henan, capital da dinastia chinesa Sung do Norte (960-1127), revelando o progresso da nação chinesa.
De acordo com Wang Sanying, diretor do Instituto Kaifeng de Relíquias Culturais e Arqueologia, a última rodada de trabalhos arqueológicos no local, que ocorreu entre 2018 e 2022, ajudará melhor no estudo e proteção das ruínas de Dongjing.
"A maior descoberta desta vez são as esculturas gigantes de Sung nas paredes dos aterros do rio Bianhe, ao lado leste da ponte", disse Wang.
As esculturas têm 3,3 metros de altura e 30 metros de comprimento em conjunto, mostrando padrões de míticas criaturas marinhas, gruas e nuvens, todos considerados auspiciosos na cultura tradicional chinesa.
"As esculturas são os maiores murais feitos de pedra de Sung do Norte já encontrados na China, representando o mais alto nível de técnicas de escultura de pedra na época, e testemunhando conquistas da cultura e da arte durante esse período", disse Wang.
Mais de 60.000 relíquias culturais foram desenterradas no local, incluindo artefatos de cerâmica, porcelana, jade, osso, ouro, prata e bronze, dos quais a porcelana desempenha um papel importante, contando com mais de 56.000 peças.
Grandes descobertas arqueológicas reveladas na Ponte Zhouqiao na cidade de Kaifeng, província de Henan em julho de 2022, 4.400 metros quadrados das ruínas foram escavados com 117 restos de diferentes dinastias desenterrados.
"Este trabalho arqueológico revela a forma completa da seção de Kaifeng do rio Bianhe de Tang a Qing, incluindo sua ascensão e queda. É um epítome da evolução da cidade, e fornece uma referência para estudar técnicas antigas de construção de pontes," afirma Wang.
Wang também disse que as descobertas foram cruciais para entender o significado cultural do Grande Canal no enquadramento geral. Como a maior hidrovia artificial do mundo, o Grande Canal foi classificado como Patrimônio Mundial da UNESCO em 2014.