O governo de Burkina Faso foi dissolvido e sua Constituição e Carta de Transição, suspensas, após um golpe militar das Forças Armadas de Burkina Faso. Capitão do Exército, Ibrahim Traore anunciou a tomada do poder em um comunicado lido em rede nacional.
Ele disse que os oficiais que lideram o golpe decidiram tirar Damiba do poder porque ele não conseguiu lidar com um levante armado de militantes islâmicos no país.
Traore disse que as fronteiras do país foram fechadas indefinidamente e que todas as atividades políticas e da sociedade civil foram suspensas.
Capitão Ibrahim Traoré é o novo homem forte de Burkina Faso.
Sons de tiros pela capital de Ouagadougou ecoaram por várias horas antes do anúncio de Traore, criando temores de um novo golpe.
O porta- voz do governo, Lionel Bilgo, disse a repórteres que havia uma "crise interna" e que as negociações estavam em andamento "para tentar chegar a um acordo sem problemas".
O golpe foi o segundo de 2022, depois que o então presidente Kaboré foi deposto em janeiro.
A União Europeia expressou "preocupação" com a sequência de eventos e o porta-voz da Organização das Nações Unidas, Stephane Dujarric, disse que "Burkina Faso precisa de paz, precisa de estabilidade e precisa de unidade para combater grupos terroristas e redes criminosas que operam em partes do país".
A França há muito luta contra grupos islâmicos na região sob a égide da Operação Barkhane e, mais recentemente, da Força-Tarefa Takuba. Os esforços, no entanto, resultaram em mais insatisfação popular, diante da guerra que arrasta há mais de oito anos com poucos sinais de progresso.
As forças francesas foram expulsas do Mali no ano passado e os protestos no Níger também exigiram sua saída.
Um comboio militar francês a caminho do Mali, vindo da Costa do Marfim, foi atacado ao longo da estrada por manifestantes, inclusive quando atravessava Burkina Faso. Tropas francesas abriram caminho entre os manifestantes, matando pelo menos dois.