"Nunca tivemos um cenário de polarização tão grande e tão desenhado. A gente trabalha com duas possibilidades: Lula ganhando no primeiro turno ou Lula e Bolsonaro no segundo turno", avalia.
"Há um favoritismo de Lula desde o início da campanha, e eu diria mais, desde que a candidatura dele foi viabilizada", afirma o especialista.
"Os institutos principais vêm indicando tendências, indicando caminhos. É claro que as urnas trarão o resultado oficial, mas há sim essa possibilidade [de vitória de Lula em primeiro turno] e a gente pode confiar nas pesquisas como uma fonte a mais de informação", defende.
"Vejo ainda um grande favoritismo de Lula por alguns aspectos. Primeiro, pela diferença que foi aberta entre os candidatos. O Datafolha, por exemplo, indica [uma vantagem de] 15 pontos percentuais [de Lula para Bolsonaro], 54% a 39%. [Segundo, por] uma rede de apoio, os eleitores de Ciro Gomes [PDT] e Simone Tebet [MDB] devem migrar mais para Lula do que para Bolsonaro. E outro aspecto que vale observar é a rejeição. Segundo dados do Datafolha, a rejeição de Bolsonaro é de 52% e a de Lula é de 39%. [...] Lula também está na frente nos três maiores colégios eleitorais [São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro]", explica.
"Nós tivemos a questão da pandemia, que mudou. Mesmo que a gente não esteja vivenciando um período mais doloroso neste momento, as posturas do presidente da República diante do cenário geram uma memória negativa em torno dele. Muitas famílias perderam entes queridos."