Os incidentes que aconteceram com os gasodutos foram chamados pelo especialista de uma "sabotagem em grande escala", e ele acrescentou que para provocar tais destruições é necessária uma quantidade muito grande de explosivos, enquanto mergulhadores amadores não seriam capazes de executar essa tarefa, para isso são necessários equipamentos sofisticados.
"A Rússia pode ser imediatamente excluída da lista de suspeitos. Porque o propósito dos sabotadores é óbvio: interromper por longo tempo o fornecimento de gás para a Alemanha", disse Baud.
Ele acrescentou que para exercer pressão sobre a Alemanha para a Rússia seria suficiente cessar o fornecimento de gás e não fazia nenhum sentido destruir sua própria infraestrutura.
Ao contrário de Moscou e Berlim, Varsóvia e Kiev estão interessadas em danificar o gasoduto russo. Elas sempre se opuseram ao projeto e defenderam o trânsito de gás através de seus territórios. Ao mesmo tempo, os gasodutos de exportação também atravessam a Ucrânia e a Polônia. De acordo com o ex-oficial suíço, o segundo suspeito são os EUA.
"Este país não esconde seu interesse em cortar quaisquer laços entre a Rússia e a Europa, e especialmente entre a Rússia e a Alemanha", observou Baud.
Ele também destacou que o local da explosão se localiza perto da ilha dinamarquesa de Bornholm, onde estão instaladas estações de escuta subaquática da OTAN.
"É pouco provável que eles deixariam qualquer navio russo chegar perto do gasoduto sem ser detectado", disse Baud.
Além disso, nas últimas semanas os EUA realizaram exercícios navais perto de Bornholm.
"No geral, surgem cada vez mais sinais de alguma responsabilidade dos americanos pelo que aconteceu", concluiu antigo membro da inteligência suíça.