Eleições 2022

'Vamos ganhar as eleições', diz Lula em coletiva na véspera da votação

Neste sábado (1º), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de uma caminhada de campanha e em seguida deu uma coletiva de imprensa no centro de São Paulo. A Sputnik Brasil esteve no local para acompanhar os eventos.
Sputnik
O candidato a ocupar o Planalto pela terceira vez foi o principal nome de uma caminhada com milhares de apoiadores saindo da Avenida Paulista em direção ao centro de São Paulo pela rua Augusta.
Lula fez o percurso na traseira de uma caminhonete ao lado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ex-ministro da Educação Fernando Haddad — candidato ao governo paulista. O candidato ao Senado por São Paulo Márcio França (PSB) e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) também estavam presentes.
Por volta das 17h30, Lula deu uma coletiva de imprensa no Novotel Jaraguá, no centro de São Paulo, marcando o encerramento da campanha no primeiro turno. Ao seu lado, além de Alckmin, Haddad e França, estavam a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Aloizio Mercadante — coordenador da campanha.
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Após breves falas de Hoffman e França, Alckmin elogiou Lula e agradeceu pela participação na chapa presidencial.

"É raro um homem público ter esta empatia e esta confiança na opinião pública", afirmou. "Fiquei muito feliz de ser parceiro nessa jornada cívica".

Em seguida, Haddad afirmou que está confiante e agradeceu pelo apoio de Alckmin e França. O ex-prefeito de São Paulo também destacou o papel de Lula na campanha: "Nos uniu a todos em torno da maior de nossas causas, que é lutar pela democracia, liberdade e desenvolvimento".

'Vamos ganhar as eleições'

Lula iniciou sua fala salientando o arco de alianças formado por sua campanha e destacou a parceria com Alckmin. O ex-presidente comentou que descobriu ter opiniões em comum com o ex-adversário e mostrou confiança.

"Tenho certeza que vamos ganhar as eleições", disse. "Vou ganhar estas eleições para recuperar o direito de o povo voltar a ser feliz."

O ex-presidente Lula (com o microfone) participa de coletiva de imprensa de encerramento de sua campanha no primeiro turno ao lado de, da esquerda para a direita, Gleisi Hoffmann; Janja Silva, sua mulher; Fernando Haddad; Márcio França; e Geraldo Alckmin, em São Paulo, em 1º de outubro de 2022
Lula também criticou a atual gestão do Planalto, chefiada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

"O Brasil precisa pedir perdão aos 215 milhões de brasileiros pelo descaso dos últimos quatro anos", disse Lula. "Esse país não merecia o que passou."

O candidato do PT também lamentou que o Brasil esteja "esquecido" no campo internacional na atual gestão e afirmou que, caso eleito, pretende recuperar as relações com o mundo, citando Estados Unidos, China e Europa. Lula também afirmou que pretende "contribuir para a paz entre a Ucrânia e a Rússia".

"A única posição que interessa ao Brasil na questão da Rússia com a Ucrânia é a paz [...]. Chega de guerra", afirmou, após ser questionado. "Vou tentar fazer todo o esforço possível para que a gente restabeleça a possibilidade de paz no mundo", acrescentou.

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Segundo turno é 'outra eleição'

O ex-presidente ponderou sobre a possibilidade de vencer as eleições no primeiro turno.

"Essa eleição pode se definir amanhã [2]. Todas as eleições que participei quis que terminassem no primeiro turno [...]. Amanhã, se ganhar, vou estar festejando, e se for para o segundo turno, vou para a Paulista fazer festa", disse. "Estou esperançoso."

Questionado sobre a estratégia caso a vitória não venha no domingo (2), o ex-presidente afirmou que a situação muda. "Minha experiência com o segundo turno é de que é outra eleição", disse. "Estaremos dispostos a conversar com quem tivermos que conversar".
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