"O nosso uso de armas nucleares baseia-se no que está estabelecido na doutrina relevante, não pode haver outras considerações aqui", disse Peskov aos jornalistas comentando as declarações do líder checheno sobre o recurso às armas nucleares na operação especial na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin ressaltou as declarações de Kadyrov, dizendo que a república da Chechênia tem dado um grande contributo para a operação especial, mas, em momentos difíceis, as emoções devem ser excluídas, sendo preferível basear-se em avaliações equilibradas e objetivas.
Em relação às sanções ocidentais contra a Rússia, Peskov afirmou que alguns países começam a entender que "estão atirando no próprio pé".
"Não temos dúvidas de que serão implementadas novas restrições e novas sanções ilegítimas. Este será um processo bastante longo", observou o porta-voz do Kremlin.
No entanto, ele disse que alguns países começam a entender que as sanções os atingem a si próprios e que isso não pode prosseguir infinitamente.
Relativamente aos incidentes nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, ele disse que vários países europeus, bem como a Rússia, não estão interessados em uma situação de emergência nos referidos gasodutos, porque perderam as rotas de reserva para o fornecimento de gás e a própria capacidade de se abastecer. Quanto aos beneficiários do ocorrido nos gasodutos, os EUA têm vantagens em vender gás natural liquefeito (GNL) caro e, além disso, há países tecnologicamente capazes de tal sabotagem.
O porta-voz do presidente russo disse que, atualmente, o Kremlin não sabe com que cooperação internacional a Rússia pode contar para a restauração dos gasodutos Nord Stream, tendo em conta a posição histérica e antagônica de todo o Ocidente coletivo.
Anteriormente, o vice-primeiro-ministro da Rússia Aleksandr Novak disse que há possibilidades técnicas de restaurar os gasodutos, mas que isso requer tempo e recursos.