O Serviço Nacional de Atenção Integral (SNAI) às pessoas privadas de liberdade, encarregado de controlar as prisões do Equador, que inicialmente anunciou seis feridos, elevou o número de vítimas após recuperar o controle da prisão.
O número atual de vítimas, de acordo com as investigações oficiais, "infelizmente seriam 15 mortos e 20 feridos", escreveu o portal El Universal.
Em Cotopaxi
Esta foi a situação no motim na prisão de Latacunga onde já foi confirmada a morte de Leandro Norero.
Entre os mortos estaria Leandro Norero, também conhecido como "El Patron", preso em maio pelo crime de lavagem de dinheiro.
Na operação, foram apreendidos US$ 6,4 milhões (R$ 33,57 milhões), 24 barras de ouro, armas de fogo e munições.
Presos a tentar fugir da prisão Cotopaxi, em Latacunga à medida que o motim é travado, as equipas tácticas policiais da Polícia Nacional e das Forças Armadas respondem de acordo com o SNAI.
Segundo as investigações, El Patron era ligado ao tráfico de drogas e tornou-se um dos chefes entre os detentos.
Durante a tarde, foram publicados vídeos nas redes sociais em que se ouvem tiros e gritos dos internos do presídio Cotopaxi. Familiares foram à prisão para pedir esclarecimentos.
Familiares de pessoas privadas de liberdade solicitam informações sobre a situação dentro do presídio Latacunga, onde os incidentes foram registrados nesta tarde. Um helicóptero sobrevoa o centro prisional.
Por alguns anos, as prisões estaduais do Equador se tornaram palco de confrontos sangrentos entre grupos rivais de prisioneiros, causados, segundo as autoridades, pela disputa por rotas e territórios de distribuição de drogas.
Segundo dados do SNAI, apenas no ano passado, 316 reclusos foram assassinados pelos seus colegas, enquanto este ano registaram-se 90 vítimas mortais.
Motim é relatado dentro do centro prisional.
O massacre mais grave ocorreu em setembro de 2021 na Penitenciária do Litoral, na cidade de Guayaquil, onde 125 presos foram mortos. Dois meses depois, ocorreu um novo massacre naquela prisão, no qual 65 pessoas perderam a vida.
O sistema prisional do Equador é projetado para cerca de 30 mil pessoas, mas, até o mês passado, havia cerca de 35 mil detentos nas 53 prisões estaduais do país.