"Manutenção e sustentação são os principais obstáculos ao fornecimento de tanques ocidentais para a Ucrânia em meio à operação militar especial da Rússia em andamento", disse a vice-secretária adjunta de Defesa dos EUA para Rússia, Ucrânia e Eurásia, Laura Cooper.
"Concordamos absolutamente que os ucranianos precisam de tanques", disse Cooper durante uma coletiva de imprensa.
No entanto, segundo ela, "um dos desafios com a introdução de outros tanques do tipo ocidental é a manutenção e a peça de sustentação."
Cooper disse que a maneira mais fácil de fornecer tanques para a Ucrânia seria enviar tanques do tipo soviético que os ucranianos sabem como operar e reparar, e os Estados Unidos trabalharam com aliados para apoiar a Ucrânia com 1.000 desses tanques.
Na semana passada, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que não descarta que tanques padrão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), incluindo Abrams e Leopard, sejam fornecidos para Kiev.
Nesta terça-feira (4), os EUA alcançaram o valor de US$ 17,5 bilhões (R$ 90,4 bilhões) comprometidos em assistência militar à Ucrânia sob o governo Biden, após o anúncio de um novo pacote de segurança de US$ 625 milhões (R$ 3,2 bilhões) para Kiev, segundo o Departamento de Estado.
Em 24 de fevereiro, a Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia respondendo aos pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL).
Os países ocidentais responderam impondo sanções abrangentes contra Moscou, ao mesmo tempo em que aumentaram seu apoio militar a Kiev e forneceram treinamento bilateral aos militares ucranianos.
Moscou alertou o Ocidente contra um maior envolvimento no conflito, enquanto a UE, os EUA e a OTAN sustentam não fazer parte das hostilidades, apesar de treinar soldados ucranianos, enviar seus instrutores e equipamentos para a Ucrânia e fornecer inteligência para o regime de Kiev.