Os promotores de Massachusetts abriram um processo de quatro acusações contra Moraes, seu irmão, Jesse James Moraes, e seu sobrinho, Hugo Giovanni Moraes, informou a Reuters.
De acordo com a procuradoria do distrito de Massachusetts, eles supostamente "contrabandearam indivíduos do Brasil para os Estados Unidos por uma taxa de aproximadamente entre US$ 18 mil (R$ 93 mil) e US$ 22 mil (R$ 113 mil)".
Jesse e Hugo Moraes supostamente empregavam os brasileiros em seus restaurantes em Woburn, "retendo seus salários para pagar suas dívidas de contrabando".
Além disso, segundo o comunicado, eles "supostamente deram ou ofereceram documentação falsa aos indivíduos para apoiar pedidos de asilo ou obter autorização de trabalho".
Popularmente chamado de coiote (uma pessoa que contrabandeia brasileiros para os EUA), Chelbe Moraes foi preso no Paraguai em 2021.
Após sua prisão, a Polícia Federal do Brasil começou a suspeitar que ele era um contrabandista de seres humanos, um dos vários que estavam ajudando a conduzir prisões recordes de brasileiros na fronteira dos EUA.
A Polícia Federal entende que Moraes cobrou de brasileiros sem vistos válidos cerca de US$ 20 mil (pouco mais de R$ 110 mil) para entrar nos EUA pelo México. Ele usava uma rede internacional de policiais e funcionários corruptos, bem como familiares norte-americanos.
O brasileiro nega que seja um contrabandista de seres humanos, e alega que dirige uma consultoria legítima, aconselhando pessoas sobre pedidos de asilo nos EUA.