Em reunião do Conselho da ONU nesta quarta-feira (5), os Estados Unidos acusaram a China e a Rússia de habilitarem a Coreia do Norte a se proteger das tentativas de fortalecimento das as sanções do conselho a Pyongyang por conta de seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos.
"A Coreia do Norte desfrutou de proteção total de dois membros deste conselho. Em suma, dois membros permanentes do Conselho de Segurança permitiram Kim Jong-un", disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield citada pela Reuters.
O conselho de 15 membros se reuniu hoje (5) depois que Pyongyang testou um míssil balístico na terça-feira (4) que sobrevoou o Japão pela primeira vez em cinco anos e provocou um alerta para os moradores da região se protegerem.
Entretanto, Moscou e Pequim não queriam uma reunião pública do conselho, argumentando que não seria propício para aliviar a situação, relata a mídia.
A vice-embaixadora da Rússia na ONU, Anna Evstigneeva, disse ao Conselho de Segurança que "a introdução de novas sanções contra Coreia do Norte é um beco sem saída" e traz "resultado zero".
"Estamos convencidos de que os mecanismos da ONU e do Conselho de Segurança precisam ser usados para apoiar o diálogo inter-coreano e as negociações multilaterais, em vez de se tornar um impedimento para eles", disse Evstigneeva.
China e Rússia culparam os exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul por provocarem o governo norte-coreano. Thomas-Greenfield rejeitou as observações, dizendo que "não há equivalência entre essas duas atividades".
"Este é um esforço claro da China e da Rússia para recompensar a RPDC por suas más ações e não pode ser levado a sério por este conselho", complementou embaixadora.