Nesta quarta-feira (5), os países da OPEP+ votaram nos cortes de produção e concordaram em reduzi-la em dois milhões de barris por dia, disse uma fonte de uma das delegações à Sputnik. No início do dia, a mídia informou que o Comitê Ministerial Conjunto de Monitoramento da OPEP (JMMC, na sigla em inglês) recomendou cortar a produção de petróleo na quantidade mencionada.
"Eles ainda não concordaram formalmente, mas já votaram", disse a fonte.
As fontes esclareceram que todos os membros votaram a favor da redução após discutirem os relatórios do mercado de petróleo.
A medida foi ventilada ontem (4) e causou preocupação nos EUA, segundo a Bloomberg, fazendo com que Washington ligasse para colegas no Golfo tentando resistir à proposta.
"É difícil exagerar o quão ansioso o governo Biden está com um potencial ressurgimento dos preços do petróleo. Um grande corte da OPEP+ antagonizaria a Casa Branca, embora as autoridades possam esperar para ver como os preços respondem depois antes de acionar as respostas políticas", disse Bob McNally, fundador da consultoria de energia Rapidan Energy baseada em Viena.
Funcionários da Casa Branca já pediram ao Departamento de Energia dos EUA para analisar se a proibição das exportações de gasolina, diesel e outros produtos refinados de petróleo reduziria os preços. É uma ideia controversa, mas que está ganhando força em alguns cantos do governo Biden, segundo a mídia.
Após o anúncio desta quarta-feira (5), o governo Biden se pronunciou e confirmou a reação norte-americana diante da medida. A Casa Branca disse em comunicado que a administração trabalhará com o Congresso dos EUA para reduzir a influência da OPEP nos preços globais da energia.
"À luz da ação de hoje [5], o governo Biden também consultará o Congresso sobre ferramentas e autoridades adicionais para reduzir o controle da OPEP sobre os preços da energia", declarou a Cas Branca no comunicado.