Na terça-feira (4), o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou seu apoio ao presidente, Jair Bolsonaro (PL), e a Tarcísio de Freitas no segundo turno das eleições. Logo após o anúncio, três secretários pediram demissão do governo paulista pelo posicionamento, incluindo o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, conforme noticiado.
Hoje (6), caciques de peso do partido, que apoiam o ex-presidente Lula (PT), também reagiram ao anúncio do governador, um deles foi o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Jereissati, que já foi presidente da sigla por duas vezes (entre 1991-1994 e 2005-2007) disse que a decisão de Garcia causou "um constrangimento muito grande no PSDB".
"Isso [o apoio] causou um constrangimento muito grande no partido, não só em São Paulo. Evidentemente que o Rodrigo Garcia, como um recém-chegado ao PSDB, não tem historicamente uma ligação com nossa história e tomou uma atitude que não faz jus às nossas origens e nosso passado. Tanto que provocou até uma nota do próprio ex-presidente Fernando Henrique", afirmou o senador segundo a revista Veja.
De acordo com a revista, Jereissati participou da reunião na terça-feira (4) em que o diretório nacional do PSDB liberou os estados a apoiarem Bolsonaro ou Lula no segundo turno. Ele e outros três ex-presidentes tucanos reafirmaram apoio ao petista na ocasião: José Aníbal (SP), Teotônio Vilela Filho (AL) e Pimenta da Veiga (MG).
Garcia tentou reeleição e concorreu com Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo no domingo (2), mas não teve votos suficientes. Quem ocupará o cargo (Haddad ou Tarcísio) será definido no segundo turno no dia 30 de outubro.