A declaração de Aliev foi dada durante entrevista à mídia azerbaijana, em Praga. Para ele, apesar de poucos avanços, a perspectiva atual é positiva.
"O tempo passa e as nossas iniciativas não avançam facilmente, embora a primeira reunião de chanceleres não tenha trazido resultados específicos. No entanto, penso que é um passo positivo. Acho que os grupos de trabalho dos dois países começarão a trabalhar no tratado de paz se a decisão for tomada em um futuro próximo e poderemos chegar a um acordo até o final do ano", disse Aliev.
O presidente acrescentou que "nem o lado armênio, nem o Conselho Europeu têm dúvidas" sobre os princípios declarados pelo lado azerbaijano. Esses cinco princípios incluem o reconhecimento mútuo da soberania, a inviolabilidade das fronteiras internacionais e a independência política de cada lado; a confirmação mútua da ausência de reivindicações territoriais; a abstenção de ameaças nas relações interestatais; a delimitação e demarcação da fronteira de Estado, o estabelecimento de relações diplomáticas; e o desbloqueio de transportes, comunicações e cooperação em outras áreas.
A reunião trilateral entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan
© Sputnik / Mikhail Klementyev
/ Na noite entre 12 e 13 de setembro, eclodiram novos confrontos na fronteira armênio-azerbaijana, numa área não relacionada com a região separatista de Nagorno-Karabakh (também conhecida como autoproclamada república de Artsakh). À época, Baku e Yerevan acusaram-se mutuamente de bombardeios contínuos e relataram perdas.
Na manhã de 13 de setembro, as partes acordaram um cessar-fogo com auxílio do governo russo. A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) chegou a um acordo para enviar uma missão liderada pelo secretário-geral do grupo, Stanislav Zas, à Armênia.