Nesta quinta-feira (7), o ministro da Defesa, Benny Gantz, ordenou que as tropas israelenses fiquem em alerta no norte do país em meio a reveses no esforço para chegar a um acordo de fronteira marítima com o Líbano, relata o The Times of Israel.
Gantz então realizou uma avaliação situacional com o chefe de gabinete das Forças de Defesa de Israel (FDI), Aviv Kohavi, e outros oficiais de segurança depois que Tel Aviv disse que não aceitaria as emendas propostas pelo lado libanês no âmbito de um acordo mediado pelos EUA.
"O ministro da Defesa [Benny Gantz] instruiu as FDI a se prepararem para um cenário de escalada no norte, tanto ofensiva quanto defensivamente, devido aos desenvolvimentos nas negociações na fronteira marítima", disse um comunicado do gabinete de Gantz citado pela mídia.
Durante vários meses Líbano e Israel vivem um impasse para chegarem a um acordo. Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, ameaçou atacar o lado israelense se começasse a perfurar no disputado campo de gás Karish.
O primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, rejeitou as modificações desejadas por Beirute ao acordo proposto nesta quinta-feira (6), lançando novas dúvidas sobre a viabilidade de se chegar a um desfecho.
Lapid enfatizou que não comprometeria os interesses econômicos e de segurança de Israel, mesmo que isso significasse que não haveria acordo no curto prazo, escreve a mídia.
A Casa Branca disse hoje (6) que as negociações atingiram um "estágio crítico" e que o enviado dos EUA, Amos Hochstein, permanece em contato próximo com os dois lados.
"O Coordenador Presidencial Especial, Amos Hochstein, continua seu compromisso robusto para encerrar as discussões sobre fronteiras marítimas. Permanecemos em estreita comunicação com israelenses e libaneses", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
O porta-voz ainda acrescentou que "estamos em um estágio crítico nas negociações e as lacunas diminuíram. Continuamos comprometidos em chegar a uma resolução e acreditamos que um compromisso duradouro é possível", afirmou.
No mês passado, o gabinete de Lapid prometeu que Israel iria em frente e extrairia gás de Karish com ou sem um acordo final sobre a disputa de fronteira marítima, conforme noticiado.