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Bolsonaro agradece 'apoio velado' de Temer e declara querer conversar com Sergio Moro e Dallagnol

Segundo mandatário, o ex-presidente teria ligado para ele e na conversa Temer "não falou explicitamente seu nome", mas deu a entender "que está ao seu lado" no segundo turno disputado com o também ex-presidente Lula (PT).
Sputnik
Nesta sexta-feira (7), Jair Bolsonaro (PL) agradeceu o "apoio velado" que acredita ter recebido de Michel Temer (MDB) no segundo turno das eleições presidenciais, segundo o jornal Valor Econômico.
Em conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse ter conversado na quinta-feira (6) com Temer pelo telefone.
"Ele já em nota falou que não vai estar do lado de quem quer destruir parte do que ele fez pelo Brasil, como por exemplo a reforma trabalhista, a reforma da CLT. Estará do outro lado. [...] Não falou explicitamente o meu nome, mas dá para entender que está ao nosso lado. Então, agradeço aí esse apoio velado do ex-presidente Temer", declarou o mandatário citado pela mídia.
Bolsonaro deu a entrevista ao lado do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, que foi ao Palácio da Alvorada manifestar seu apoio à reeleição do presidente. Além de citar Temer, Bolsonaro também falou sobre o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos) e sobre o ex-ministro da Justiça de seu governo Sergio Moro (União Brasil).
"Fiquei muito feliz, pretendo conversar com ele [Dallagnol], coisa que nunca aconteceu entre nós. Se o [Sergio] Moro quiser conversar comigo, há o interesse da minha parte de conversar com ele também. Estamos à disposição. São duas pessoas que mostraram as entranhas do poder em Brasília, por ocasião da Lava Jato. Conhecem muito do que aconteceu na vida desse ex-presidiário que quer voltar ao poder. E o governo é a união de pessoas de bem. Essa é a nossa filosofia, essa é a nossa política", afirmou.
Moro já declarou seu voto em Bolsonaro e ambos apoios demonstram como a política está um campo de incertezas.
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Em maio, o ex-juiz criticou o presidente por não adotar uma postura de oposição diante da operação russa na Ucrânia e chegou a dizer que o mandatário foi a Moscou para ser um "trapalhão no Kremlin", conforme noticiado.
Já no começo do ano, Bolsonaro criticou Moro dizendo que ele "passou a se achar o dono do Ministério da Justiça" depois que assumiu o cargo no seu governo.
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