Panorama internacional

EUA analisam 'diversas opções de resposta' à Arábia Saudita após cortes da OPEP+, diz Blinken

Na quinta-feira (6), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que Washington está analisando "uma série de opções de resposta", inclusive contra a Arábia Saudita, após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) de cortar a produção de petróleo.
Sputnik
A declaração foi dada durante entrevista coletiva em Lima, após uma reunião de Blinken com o ministro das Relações Exteriores do Peru, César Landa.
"Quanto ao relacionamento [com a Arábia Saudita] daqui para frente, estamos revisando uma série de opções de resposta. Estamos consultando o Congresso. Não faremos nada que infrinja os nossos interesses. Isso é, antes de tudo, o que nos guiará", disse Binken.
Em 2020, 23 países, incluindo membros da OPEP e dez produtores de petróleo não pertencentes ao cartel, chegaram a um acordo para cortar voluntariamente a produção em meio à queda abrupta da demanda de petróleo, à medida que as paralisações relacionadas ao novo coronavírus estavam ocorrendo em todo o mundo.
Após o acordo inicial para reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia, o acordo foi repetidamente revisto para corresponder às condições do mercado. A OPEP+ atingiu os níveis de produção pré-pandemia em agosto de 2022.
Tanques de armazenamento da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA no Terminal Sunoco, perto de Nederland, Texas
Já na quarta-feira (5), a organização concordou em reduzir a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia a partir de novembro e tomará os níveis de produção acordados para agosto como ponto de referência.
A medida foi tomada em resposta à incerteza nas perspectivas do mercado global de petróleo, em parte causada por sanções ocidentais sobre as entregas de energia russas e pelos planos do G7 de introduzir um limite de preço às importações de petróleo russo.
A decisão foi criticada pelos EUA, que exigiram um aumento da produção para combater o aumento dos preços no mercado interno. O presidente dos EUA, Joe Biden, também prometeu liberar ainda mais barris da reserva estratégica de petróleo norte-americana.
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