Na manhã de hoje (8), ao fazer campanha na cidade de Campinas (SP), o ex-presidente Lula (PT) censurou o uso indevido da máquina pública pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o UOL.
"Nós estamos fazendo uma campanha numa certa anomalia, porque nós temos um cidadão que está exercendo a presidência que está utilizando a máquina do governo para fazer campanha. Ele está agindo como se o Brasil fosse coisa particular dele, em que ele faz do jeito que ele quer na medida em que ele tenta ganhar voto", disse Lula.
O petista também acrescentou que "em outra época, qualquer outro presidente seria denunciado pelo Tribunal de Contas da União [TCU], pelo Ministério Público [...] Porque você não pode utilizar a máquina com o objetivo próprio de fazer campanha", afirmou.
Ao mesmo tempo, Lula criticou a postura de Bolsonaro em relação às religiões.
"A intolerância religiosa virou política de Estado no Brasil. E isso tem repercussões na violência", declarou.
O petista também lembrou sobre a entrevista concedida em 2016 pelo mandatário na qual diz que "comeria um índio sem problema nenhum".
"Ninguém quer vir aqui [estrangeiros ao Brasil] com medo do canibal. Eu vi o vídeo dele dizendo que comeria um índio. Ele falou pro jornalista estrangeiro. Aquilo não é invenção, nós estamos informando o povo de como é o nosso adversário. Tem muita gente preconceituosa nesse país, que é capaz de querer comer índio mesmo", reforçou o ex-presidente durante a campanha.
Ontem (7) a o comitê de Bolsonaro acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra uma propaganda veiculada na TV pela campanha de Lula (PT) que associa o atual presidente ao canibalismo. O argumento é que uma declaração do presidente sobre o assunto foi tirada de contexto, segundo o jornal O Globo.