"Gostaria de agradecer a @elonmusk por seu pedido de paz no estreito de Taiwan e sua ideia de estabelecer uma zona administrativa especial para Taiwan", twittou Qin.
O embaixador observou que Taiwan "desfrutará de um alto grau de autonomia como região administrativa especial e de um vasto espaço para desenvolvimento" se optar por se reunir com a China.
Em entrevista na sexta-feira (7) ao Financial Times (FT), Musk propôs estabelecer uma zona administrativa especial para Taiwan, que é "razoavelmente palatável" e mais flexível do que no caso de Hong Kong, como uma solução pacífica para as tensões entre a China continental e Taiwan. O bilionário admitiu que sua proposta dificilmente seria aceita.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse em briefing no sábado (8) que o problema de Taiwan era assunto doméstico da China, e que Pequim estaria comprometida com uma reunificação pacífica com a ilha com base no princípio "Um país, dois sistemas".
A situação em torno de Taiwan se agravou depois que a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de agosto. A China condenou a viagem de Pelosi, que considerou um gesto de apoio ao separatismo, e lançou exercícios militares em larga escala nas proximidades da ilha. Vários países, incluindo França, Lituânia, Estados Unidos, Japão e, mais recentemente, a Alemanha enviaram suas delegações para a ilha desde então, aumentando ainda mais as tensões no estreito de Taiwan.
Taiwan é governada independentemente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan — um território com seu próprio governo eleito — afirma que é uma nação autônoma, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a qualquer contato oficial de Estados estrangeiros com Taipé e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.