"Primeiro, eu quero deixar bem claro que o governador Zema tem a liberdade de apoiar quem ele quiser. Não me oporei e nunca pensei que fosse diferente. Segundo, outra coisa que ele tem que levar em conta é não pensar que o povo é gado, não pensar que o povo possa ser tangido para lá ou para cá. O povo tem consciência do que está acontecendo no país", afirmou Lula ao ser questionado sobre a estratégia de campanha do PT em Minas Gerais após o anúncio do apoio formal de Zema a Bolsonaro.
O ex-presidente acrescentou ainda que o governador precisa "tomar cuidado para não tratar o povo como rebanho", e sim como "cidadão inteligente, consciente e sabedor do que quer".
Romeu Zema (Novo), governador reeleito de Minas Gerais. Foto de arquivo
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Segundo Lula, os mineiros podem "medir" seu governo com os quatro anos do mandato de Bolsonaro, para comparar os períodos.
"Se o governador souber 10% do que nós fizemos em Minas Gerais, ele terá um problema de remorso ao não me apoiar", declarou Lula, citando obras e investimentos da gestão petista no estado.
De acordo com o ex-presidente, foram disponibilizados em Minas R$ 260 bilhões, sendo R$ 208 bilhões para infraestrutura e economia urbana, durante os treze anos dos governos do PT, de janeiro de 2003 a maio de 2016.
"Vim aqui tentar convencer o povo mineiro de que a gente pode fazer mais por Minas Gerais e contribuir com participação coletiva, entre ente federativos", disse Lula.