"A decisão saudita foi um golpe direcionado aos EUA, mas os EUA têm uma maneira de responder, [pois] podem prontamente pausar a transferência maciça da tecnologia de guerra americana para as mãos ansiosas dos sauditas", disse Blumenthal, que atua no Comitê de Serviços Armados do Senado, e Khanna em um artigo, publicado no domingo (10) no jornal Politico.
Eles argumentaram que o que Washington entende como o apoio da Arábia Saudita à Rússia merece uma "revisão profunda das relações EUA-Arábia Saudita".
Blumenthal e Khanna enfatizaram que a Arábia Saudita depende em grande parte da assistência da defesa dos EUA e será forçada a "voltar à mesa e negociar com os EUA de boa fé" se Washington privar Riad de suprimentos de armas.
"Proporemos uma lei bicameral no Senado e na Câmara na terça-feira [10] que vai parar imediatamente todas as vendas de armas dos EUA para a Arábia Saudita", disseram os parlamentares dos EUA, acrescentando que a pausa proposta de suprimentos militares dos EUA deve incluir "novas e planejadas às pressas instalações de testes Red Sands na Arábia Saudita".
Se forem confrontados com a proibição de venda de armas, os sauditas acharão muito difícil encontrar substitutos estrangeiros, de acordo com Blumenthal e Khanna.
Na quarta-feira (5), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) concordou em reduzir a produção de petróleo em dois milhões de barris por dia em relação aos níveis de produção de agosto a partir de novembro.
Na sexta-feira (7), o secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, disse que a decisão de cortar a produção não foi motivada politicamente e não está relacionada ao confronto entre alguns países, mas veio de avaliações de altos riscos de recessão.