"Faço este apelo através de vocês a todos aqueles que estão interessados nesta situação e tentam cobri-la no espaço público. Não se deve inflamá-la artificialmente", disse o ministro ao canal de TV russo Rossiya 1.
Lavrov também aconselhou analistas e cientistas políticos a demonstrarem a máxima responsabilidade em suas declarações públicas e não jogar "estes jogos" exacerbando a retórica ao limite.
Aqueles no Ocidente que especulam sobre o possível uso de armas nucleares pela Rússia devem estar cientes de sua responsabilidade, disse o ministro.
A Rússia, de acordo com a sua doutrina nuclear, só pode usar medidas de retaliação destinadas a evitar a destruição do país.
"Se depender de nós, então o presidente [da Rússia Vladimir Putin] tem repetidamente afirmado que nossa doutrina nuclear prevê exclusivamente medidas retaliatórias destinadas a evitar a destruição da Federação da Rússia em resultado de ataques nucleares diretos ou outros tipos de armas que ponham em perigo a própria existência do Estado russo. Esta é a resposta completa", explicou Lavrov.
Ontem (10) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia refuta a retórica nuclear, se referindo às declarações do ex-conselheiro de segurança dos EUA John Bolton.
John Bolton havia declarado que o presidente russo, Vladimir Putin, se tornaria um "alvo legítimo", caso a Rússia utilizasse armas nucleares contra a Ucrânia.