A declaração foi dada pelo coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
"Não estamos perto de garantir uma reimplementação do JCPOA neste momento", disse Kirby durante uma coletiva de imprensa.
"Não é que não queiramos ver o JCPOA reimplementado, é claro que queremos. Simplesmente não estamos em uma posição em que esse seja um resultado provável em um futuro próximo", completou.
As negociações para salvar o acordo haviam avançado, mas retrocederam nas últimas semanas, após o Irã exigir que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) encerre uma investigação sobre partículas de urânio encontradas em três locais de usinas iranianas.
No início de setembro, o Irã enviou sua última resposta ao texto proposto pela União Europeia para reviver o acordo, sob o qual Teerã havia restringido seu programa nuclear em troca de alívio das sanções econômicas de EUA, União Europeia (UE) e Organização das Nações Unidas (ONU).
Além dos Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido reagiram negativamente à exigência. O Irã classificou de "não construtiva" a resposta dos europeus.
O acordo nuclear inicial, assinado em 2015 pelo Irã, EUA, Reino Unido, França e Alemanha — bem como Rússia, China e UE —, viu Teerã concordar com certas restrições à sua indústria nuclear em troca do alívio das sanções econômicas e outros incentivos.
Em 2018, o acordo, no entanto, foi torpedeado pelos EUA sob o então presidente, Donald Trump, que se retirou unilateralmente da iniciativa, dizendo que era fundamentalmente falha.
Como resultado, o Irã começou a reduzir gradualmente alguns de seus compromissos sob o acordo, como o nível de urânio enriquecido que produz, o que poderia permitir que Teerã construísse uma bomba atômica. De acordo com as autoridades iranianas, no entanto, isso "não está na agenda".