Panorama internacional

Rússia não reconhecerá resultados de investigação de explosões do Nord Stream realizada sem Moscou

A chancelaria da Rússia expressou démarche aos embaixadores da Alemanha, Dinamarca e Suécia em meio à recusa de incluir Moscou na investigação de vazamento de gás nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2.
Sputnik
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse nesta quinta-feira (13) que emitiu uma démarche aos embaixadores dos países envolvidos na investigação dos gasodutos russos, recusando reconhecer seus resultados por excluir a participação de Moscou.
"Os chefes das missões diplomáticas da Alemanha, Dinamarca e Suécia em Moscou foram convocados nos últimos dias para o Ministério das Relações Exteriores da Rússia", anunciou a chancelaria russa.
O ministério comentou que estão surgindo informações sobre o envolvimento de outros países, incluindo os EUA, na investigação, e que, ao se recusarem a permitir a participação de especialistas russos na atual investigação, Moscou consideraria que os países em questão "têm algo a esconder" ou "encobrem os perpetradores desses atos terroristas".
"A Rússia, obviamente, não reconhecerá nenhum 'pseudo-resultado' de tal investigação, a menos que especialistas russos estejam envolvidos", explica o comunicado.
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Os incidentes foram descobertos em 26 de setembro em dois gasodutos russos de exportação de gás para a Europa, o Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), com a Alemanha, Dinamarca e Suécia não descartando a possibilidade de sabotagem.
A Nord Stream AG, operadora do Nord Stream 1, afirmou que vazamentos nesses gasodutos são inéditos, e que é impossível avaliar o tempo de reparação necessário. Enquanto isso, a procuradoria-geral da Rússia iniciou um caso de ato de terrorismo internacional.
Na segunda-feira (10), a Suécia se opôs à participação da Rússia na investigação de vazamento de gás dos gasodutos. Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que apenas se a Rússia estiver envolvida na investigação dos ataques ela poderá ser considerada confiável e objetiva.
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