O Irã enviou uma carta ao chefe do Conselho de Segurança da ONU para explicar as razões de Teerã para sua recente operação militar contra grupos terroristas no norte do Iraque.
De acordo com o governo iraniano, o terrorismo no país árabe deixou Teerã sem outra opção a não ser usar a força militar. Segundo as autoridades iranianas, os terroristas usam o território iraquiano para realizar ataques contra civis e a infraestrutura do Irã.
Na carta, a missão permanente do Irã respondeu às críticas e "alegações infundadas" dirigidas às operações militares de retaliação de Teerã.
O governo iraniano entende que não teve escolha a não ser defender os seus direitos e dar uma resposta proporcional aos ataques terroristas após medidas destrutivas de grupos armados contra a segurança nacional iraniana.
Oficiais militares alertam para os contínuos ataques de Teerã contra as fortalezas de organizações terroristas na região. Eles ainda disseram que as bases locais dos EUA deveriam ser abolidas e não usadas como centros antirrevolucionários.
Os grupos terroristas, acrescenta o documento, "exploraram protestos pacíficos em cidades iranianas para incitar tumultos violentos e organizar operações de sabotagem no país".
"Nessas condições, e considerando os ataques terroristas em curso, a República Islâmica do Irã não teve escolha a não ser exercer seu direito inerente à autodefesa sob a lei internacional para proteger seu povo, segurança nacional, soberania e integridade territorial", disse a carta.
As forças de defesa do Irã lançaram nos últimos dias uma série de ataques aéreos às posições de grupos terroristas baseados no Curdistão iraquiano. A operação ocorreu após a entrada ilegal de equipes armadas ligadas aos grupos terroristas curdos nas cidades fronteiriças iranianas nas últimas semanas.
O Exército do Irã anunciou que as operações contra as bases terroristas continuarão até que todos os grupos separatistas e terroristas escondidos na área montanhosa acidentada deponham suas armas e se rendam, escreve a agência Farsnews.