Na quinta-feira (13) Macron disse que Paris não usará armas nucleares no âmbito da crise na Ucrânia, mesmo se Moscou as usasse contra Kiev.
"Isso abre o jogo de Macron", comentou Wallace sobre a posição da França em uma reunião ministerial da OTAN, citado pelo jornal The Telegraph.
Enquanto isso, fontes da OTAN informaram à mídia que a declaração de Macron ameaçou "os princípios de dissuasão", acrescentando que eles, por sua vez, "não entram em detalhes sobre cenários".
A União Europeia (UE) tem intensificado a retórica sobre supostos planos russos de usar armas nucleares na Ucrânia. A Rússia criticou a alegação e disse que só usaria armas nucleares nas condições delineadas em sua Constituição.
Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o Ocidente cruzou todas as linhas em sua política antirrussa e ameaças constantes contra Moscou, incluindo chantagem nuclear.
Altos funcionários da Aliança Atlântica há muito tempo falam sobre a possibilidade e admissibilidade do uso de armas de destruição em massa contra Moscou, acrescentou Putin.
Em particular, o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, durante o seu discurso na abertura da Academia Diplomática Europeia em Bruges na quinta-feira (13), prometeu uma "resposta poderosa do lado militar" à Rússia se o país lançasse um ataque nuclear contra a Ucrânia.