Em uma reunião inédita com autoridades de 32 países e norte-americanas para discutir sanções contra Moscou, o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, deixou claro que Washington está preparado para tomar medidas contra aqueles que estão fora dos EUA evitando as sanções estadunidenses, segundo a Reuters.
Na reunião, estavam presentes representantes de países da UE, Canadá e Coreia do Sul, os quais discutiram medidas adicionais planejadas para atingir o complexo militar-industrial russo e os efeitos de várias sanções impostas por Washington e seus parceiros sobre a operação na Ucrânia, relata a mídia.
Ao mesmo tempo, departamentos do Tesouro, Comércio e Estado emitiram um alerta descrevendo as ações que foram tomadas contra o complexo militar-industrial russo e observando os riscos que enfrentam aqueles que fornecem apoio material à operação russa na Ucrânia.
O alerta disse que, ao restringir o acesso da Rússia a bens, tecnologia e serviços avançados, Washington e seus parceiros afetaram a capacidade russa de substituir armas, incluindo mais de 6.000 equipamentos militares destruídos no conflito.
Questionado sobre o quanto mais aliados ocidentais poderiam fazer para aumentar a pressão sobre a Rússia, um funcionário financeiro europeu disse: "Podemos estender a lista de pessoas que estão sob sanções. Podemos estender o número de bens que têm restrições à exportação".
As restrições de Washington e seus aliados reduziram as importações de semicondutores, críticos para o armamento da Rússia, em 70%, de acordo com o alerta. Como resultado, a produção de mísseis balísticos hipersônicos russos quase cessou e a produção de carros caiu três quartos em relação ao ano passado.