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Documentos indicam que Reino Unido planejou bombardear sul da Argentina na Guerra das Malvinas

Documentos revelados por revista britânica especializada em aviação indicam que a Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês), do Reino Unido, planejou bombardeios no sul da Argentina durante a Guerra das Malvinas (1982), vencida pelos europeus.
Sputnik
Conforme informou o jornal Telegraph, citando a revista Aviation Historian, montou três planos para bombardear bases militares localizadas no sul da Argentina.
O planejamento meticuloso previa o uso do bombardeiro Avro Vulcan para atacar aeródromos no sul do país. O plano foi traçado logo após o Reino Unido realizar a Operação Black Buck nas ilhas, considerados na época os mais longos bombardeios da história.
Nos planos dos britânicos, seriam necessárias de 11 a 13 aeronaves Handley Page Victor para reabastecer o Vulcan que iria atacar as bases argentinas.
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A operação, nunca aprovada, foi alvo de discussões internas pelos impactos diplomáticos que poderia provocar.
De acordo com a publicação, o Vulcan que participaria dos ataques foi forçado a desembarcar no Rio de Janeiro após a Operação Black Buck devido a uma avaria. Descobriu-se que o bombardeiro carregava mísseis antirradar que foram fornecidos secretamente por Washington.
Londres teve que negociar com as autoridades brasileiras a liberação da tripulação. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro foi pressionado a não divulgar informações de que os Estados Unidos estavam apoiando a ofensiva britânica.
As ilhas Malvinas foram governadas pela Argentina de 1829 a 1833, quando nesse último ano o Reino Unido capturou o arquipélago e expulsou as forças do país sul-americano. Em 1982 a Argentina ocupou temporariamente as ilhas, mas o Reino Unido enviou forças em resposta e venceu a Guerra das Malvinas, decidindo sua soberania a favor de Londres. Na ocasião, 649 militares argentinos morreram, assim como 255 britânicos.
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