Após a União Europeia anunciar uma missão de treinamento militar para 15 mil soldados ucranianos, três dias depois, a França anunciou como seria a sua parte dentro do acordo.
Sebastien Lecornu explicou, segundo informações do jornal Le Figaro, que um plano validado pelo presidente Emmanuel Macron permitirá receber até 2 mil soldados ucranianos nos campos de treinamento da França.
"Eles ingressarão às nossas unidades por várias semanas", acrescentou o ministro, lembrando que "já houve treinamento de artilharia na França".
Lecornu informou que treinamento acontecerá em "três níveis". Primeiro o treinamento geral do combatente. Em seguida, "necessidades específicas relatadas pelos ucranianos, como logística". E um terceiro nível de formação sobre os equipamentos fornecidos pelo Ocidente.
O ministro francês também confirmou a próxima entrega dos sistemas antiaéreos Crotale, e insistiu que "isso não vai criar escassez para o Exército francês", uma vez que esses sistemas estão destinados a serem substituídos gradualmente.
Os Estados-membros da UE concordaram que até 15 mil soldados ucranianos devem ser treinados fora do país o mais rápido possível, com 3 mil soldados ucranianos passando por treinamento especial de combate para comandantes e cursos para engenheiros.
Em 24 de fevereiro, a Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia respondendo aos pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL).
Os países ocidentais responderam impondo sanções abrangentes contra Moscou, ao mesmo tempo em que aumentaram seu apoio militar a Kiev e forneceram treinamento bilateral aos militares ucranianos.
Moscou alertou o Ocidente contra um maior envolvimento no conflito, enquanto a UE, os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sustentam não fazer parte das hostilidades, apesar de treinar soldados ucranianos, enviar seus instrutores e equipamentos para a Ucrânia e fornecer inteligência para o regime de Kiev.