A criação de um teto de preços do gás russo para compradores europeus violaria os termos dos contratos e levaria a um corte nos fornecimentos, disse Aleksei Miller, CEO da empresa estatal russa Gazprom, em uma entrevista ao canal russo Rossiya 1.
"Somos regidos pelos contratos que assinamos. Uma decisão unilateral assim é, naturalmente, uma violação de termos significativos do contrato, o que implica o fim dos fornecimentos", disse ele em resposta a uma pergunta sobre as ações da Gazprom no caso da imposição de tais restrições.
Em 7 de outubro a União Europeia revelou a oitava rodada de sanções contra a Rússia, que inclui uma base legislativa para determinar um teto de preços para o transporte de petróleo russo para terceiros países. É previsto que o limite entre em vigor em 5 de dezembro para o petróleo, e em 5 de fevereiro de 2023 para os produtos petrolíferos. Neste momento os países ocidentais estão discutindo a introdução de um teto de preços para o gás russo.
A União Europeia até agora impôs à Rússia sete rodadas de sanções por ter começado uma operação militar especial na Ucrânia, apesar da resiliência demonstrada pela economia russa e pelos efeitos inflacionistas e de custo de vida na Europa que elas implicam.