Panorama internacional

Fonte afirma que Mario Draghi da Itália está cotado para se tornar o próximo chefe da OTAN

O primeiro-ministro italiano de saída, Mario Draghi, provavelmente deve substituir Jens Stoltenberg como secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), já que a aliança está procurando por um ex-funcionário de alto escalão com profundo entendimento da arquitetura de segurança europeia, disse uma fonte da OTAN à Sputnik.
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"Mario Draghi, eu acho, tem mais possibilidades de conseguir a posição agora, já que os lados francês, italiano e alemão concordam e os americanos parecem não se opor", disse a fonte.
Os membros europeus da OTAN, principalmente França, Itália e Alemanha, insistem que o cargo de secretário-geral da aliança deve ser ocupado por alguém com profundo conhecimento da arquitetura de segurança da Europa, já que os principais desafios para a aliança estão agora concentrados no continente europeu, segundo a fonte.
Acredita-se que ex-funcionários europeus de alto escalão com ampla experiência relevante sejam os mais adequados para o cargo, com dois deles — Draghi e o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis — sem objeções por parte do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, embora estes últimos países defendam alguém com "uma postura mais dinâmica" do que o então primeiro-ministro italiano.
"Eles consideram Draghi um pouco moderado e argumentam que a aliança precisará de uma liderança mais forte e determinada, especialmente agora, pois a aliança enfrenta novos desafios, especialmente quando se trata da Europa e sua segurança", acrescentou a fonte.
Além disso, Ottawa pede atenção especial ao Ártico, que, acredita, vai se tornar um desafio fundamental para a aliança em breve. Nesse sentido, o Canadá quer ver um secretário-geral com profundo conhecimento da arquitetura de segurança não apenas da Europa, mas também do Ártico, disse a fonte.
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"Qualquer um dos candidatos pode conseguir o cargo nesta fase, acho que teremos uma imagem clara e provavelmente o nome do próximo secretário-geral no Natal ou um pouco depois", concluiu a fonte.
O mandato de Jens Stoltenberg como secretário-geral deveria expirar neste outono (no Hemisfério Norte), mas em vista da crise na Ucrânia, seu mandato foi estendido por mais um ano, até 30 de setembro de 2023.
Rumores da possível substituição de Stoltenberg circulam há vários anos. Em 2021, o jornal Politico informou, citando fontes, que três ex-presidentes de países da OTAN do Leste Europeu estavam entre as possíveis candidatas, a saber, Kolinda Grabar-Kitarovic da Croácia, Dalia Grybauskaite da Lituânia e Kersti Kaljulaid da Estônia. Em setembro de 2022, a mídia também especulou que a vice-primeira-ministra canadense e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, era uma das possíveis candidatas a suceder Stoltenberg.
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