De janeiro a setembro, a Amazônia sofreu a maior devastação em 15 anos, segundo dados do Imazon.
Neste período, a área de floresta derrubada atingiu 9.069 km², o que corresponde a quase oito vezes a cidade do Rio de Janeiro. Foi a maior devastação em 15 anos, desde que o Imazon implantou seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para a Amazônia Legal, em 2008.
Em setembro, apenas dois estados concentraram 96% da área degradada na Amazônia: Mato Grosso, com 3.865 km² afetados (74%), e Pará, com 1.127 km² (22%).
Segundo o instituto, foi a quinta vez consecutiva que a derrubada atingiu o pior patamar dos últimos 15 anos entre janeiro e setembro. Durante uma década, de 2008 a 2017, o desmate acumulado no período se manteve abaixo dos 3.500 km².
Além do desmatamento, que é a retirada total da vegetação, a degradação florestal causada pelas queimadas e pela extração de madeira aumentou 359% na Amazônia.
A área afetada por esse dano ambiental passou de 1.137 km² em setembro de 2021 para 5.214 km² no mesmo mês deste ano. Ou seja: um crescimento de quase cinco vezes. Além disso, esse foi o sexto mês consecutivo em que a degradação aumentou.
É importante ressaltar que, além do governo federal, os estados têm grande responsabilidade no combate ao desmatamento.
Além da legislação permitir que os órgãos estaduais também autuem responsáveis por crimes ambientais em áreas federais, os governos dos estados podem cancelar os Cadastros Ambientais Rurais (CARs) sobrepostos a áreas protegidas tanto sob jurisdição própria quanto da União.