O país árabe deixou claro seu repúdio às recentes opiniões do chefe da diplomacia europeia, que garantiu que a UE é um "jardim" bem construído, enquanto outros países estão, segundo ele, se comportando como "selvas".
Em comunicado divulgado pelo Ministério dos Relações Exteriores, o governo dos EAU assegurou que as declarações de Josep Borrell "são inadequadas e discriminatórias", uma vez que fazem alusão à discriminação direta contra outros povos do mundo.
"O ministério expressou seu repúdio às declarações de Borrell, chamando-as de racistas e apontando que essas declarações contribuem para agravar o clima de intolerância e discriminação em todo o planeta", diz a agência de notícias do país árabe, WAM.
Os EAU também informaram que pediram a Bruxelas uma explicação por escrito dos motivos que levaram Borrell a comparar países que não fazem parte da união com lugares selvagens.
A nação do Oriente Médio classificou os comentários do chefe da diplomacia europeia como "prejudiciais e discriminatórias", já que não contribuem em nada para o diálogo ou a cooperação.
"Os comentários de Borrell são um fato decepcionante que ocorre em um momento em que todas as partes estão cientes da importância do respeito por outras religiões, culturas e grupos étnicos, bem como valores como pluralismo, coexistência e tolerância", disse a agência árabe.
No dia 13 de outubro, Josep Borrell afirmou que "a Europa é um jardim, construímos um jardim, tudo funciona", em referência ao fato de que o bloco projetou, segundo ele, "a melhor combinação de liberdade política, prosperidade econômica e coesão social que a humanidade foi capaz de construir".
Segundos depois, ele se referiu a outras partes do mundo como lugares mais inóspitos, dizendo que "a maior parte do resto do mundo é uma selva, e a selva poderia invadir o jardim [...] Os jardineiros têm que cuidar disso, mas eles não vão proteger o jardim construindo muros. Um belo jardim pequeno cercado por muros altos para manter a selva do lado de fora não será uma solução", concluiu Borrell.