Na realidade, Pashinsky nem imaginava que estava falando com dois trolladores russos, que se apresentaram como o ex-embaixador dos EUA na Rússia, Michael McFaul.
Durante a chamada, o oficial ucraniano teria admitido que "há mais publicidade e corrupção no Bayraktar do que uso de combate", de acordo com o vídeo publicado pela dupla em seu canal no Telegram que parece ter sido gravado no início deste mês.
O político, que encabeça a Associação das Empresas de Defesa da Ucrânia, disse também que os drones turcos, que a mídia ocidental e ucraniana tem elogiado como um divisor de águas no campo de batalha no atual conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia, são, "em primeiro lugar, um projeto de publicidade".
"Eu pessoalmente me posicionei contra [os drones], porque eles são extremamente vulneráveis aos sistemas de defesa antiaérea", disse Pashinsky, acrescentando que a Ucrânia tinha um monte de veículos aéreos não tripulados Bayraktar antes do início dos combates e que "todos foram derrubados em uma semana".
Pashinsky explicou ainda que o drone "não é uma arma autossuficiente", "é abatido por sistemas de defesa antiaérea rapidamente e não tem nenhuma eficácia de combate".
Porém, o oficial ucraniano observou que eles podem ser usados em conjunto com mísseis antirradar que foram fornecidos a Kiev pelos EUA e que "se não fosse pelos sistemas Himars e Harm, não haveria mais Bayraktar na Ucrânia".
Anteriormente, a Ucrânia anunciou que pretende continuar com seu plano de abrir uma fábrica Bayraktar em colaboração com a empresa produtora desses drones baseada em Ancara.