O Google tornou oficial a suspensão permanente das contas do Conselho da Federação da Rússia, que continham cerca de 20 mil vídeos e mais de 200 mil seguidores.
De acordo com as autoridades russas, além do bloqueio permanente ao conteúdo da câmara alta do Parlamento russo, o Google também censurou o canal da emissora de TV russa Vmeste-RF (Together-Russia).
"Todas as informações foram excluídas sem qualquer possibilidade de recuperação", disseram as autoridades russas em um comunicado.
O Google sustenta que as contas haviam sido bloqueadas "de acordo com as regras sobre restrições de exportação e aplicação de sanções".
A empresa norte-americana acrescentou que o Conselho da Federação, além da emissora, desenvolveu ativamente plataformas domésticas para disponibilizar seu conteúdo para os usuários, independentemente das ações de países hostis.
Comentando a suspensão das contas, o Google disse à Sputnik que a empresa está cumprindo todas as sanções aplicáveis e leis de conformidade comercial.
As sanções seguem na esteira de diversas outras lançadas pelos países ocidentais contra Moscou em resposta à operação militar da Rússia na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro.
A operação começou após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda contra constantes ataques das forças ucranianas na região.
Durante a operação, o Exército russo, com as forças da RPD e da RPL, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da República Popular de Donetsk (incluindo as cidades de Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk), bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie próximo ao mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de setembro, a RPD, a RPL e as regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre adesão à Federação da Rússia, com a maioria da população votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou acordos de integração das repúblicas populares e das regiões à Rússia.
Após aprovação por ambas as câmaras do Parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no último dia 5.