O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta terça-feira (18) a desmonetização de quatro canais bolsonaristas, veiculados no YouTube, por difusão de conteúdos falsos contra a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ação foi assinada pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, em resposta a uma ação movida pela campanha de Lula.
Os canais alvo da decisão são: Brasil Paralelo, Foco do Brasil, Folha Política e Dr. News. Além da desmonetização, a ação intimou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) a prestar esclarecimentos sobre a "utilização político-eleitoral de seus perfis nas redes sociais".
"A partir do estudo do material apresentado, que confere densidade a fatos públicos e notórios relativos à atuação nas redes de Carlos Bolsonaro e diversos apoiadores do atual presidente, há indícios de uma atuação concertada para a difusão massificada e veloz de desinformação, que tem como principal alvo o candidato Luiz Inácio Lula da Silva", escreveu Gonçalves em sua decisão, noticiada pelo UOL.
O ministro determinou ainda a investigação de 47 pessoas. Segundo a decisão, o filho do presidente interage quase sempre com esses perfis e cada um deles desempenha um papel específico, de produção de conteúdo, promoção de conteúdo e influenciador de um público específico vulnerável ao conteúdo.
"Chega-se ao ponto de que milhões de pessoas que, ainda que de boa-fé, acreditam estar acessando uma diversidade de fontes de informação, se encontram absolutamente enredadas por notícias fabricadas, sempre prontas a disparar um sentimento de urgência contra riscos iminentes e irreversíveis", disse o ministro.
O YouTube tem 24 horas para desmonetizar os canais até 31 de outubro. Em caso de descumprimento, será aplicada à plataforma uma multa diária de R$ 20 mil para cada um dos canais.