Eleições 2022

Venezuelanas se recusam a gravar vídeo em apoio a Bolsonaro após polêmica sobre pedofilia

Após a onda de críticas provocada por uma declaração polêmica do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre refugiadas venezuelanas, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) tentaram convencer as migrantes a enviarem um vídeo para a campanha do candidato a reeleição, mas não tiveram sucesso.
Sputnik
No último sábado (15), ganhou ampla repercussão um trecho de uma entrevista ao podcast Paparazzo Rubro-Negro em que Bolsonaro comenta uma visita a refugiadas venezuelanas, em 2021. O presidente disse que encontrou meninas de 14 e 15 anos que estariam arrumadas para se prostituir e "pintou um clima" com elas.
Essa declaração foi interpretada como pedofilia nas redes sociais e virou objeto de ataques da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao adversário na corrida eleitoral de 2022. A campanha de Lula chegou a levar o vídeo para a propaganda eleitoral de TV, mas a peça foi suspensa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Nesta terça-feira (18), Michelle Bolsonaro e Damares se encontraram com as venezuelanas e informaram que as refugiadas não se prostituem. O presidente gravou um vídeo para se desculpar. Na gravação, ele aparece ao lado da primeira-dama e de uma aliada de Juan Guaidó, ex-deputado oposicionista da Venezuela autoproclamado presidente em 2019.
A campanha de Bolsonaro tentou convencer as venezuelanas a gravarem um vídeo de apoio ao presidente, mas isso não foi aceito, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo.
A intenção era que as meninas fizessem um vídeo dizendo que tudo havia sido um mal-entendido e já estava esclarecido. As jovens não concordaram.
Bolsonaro já tinha se referido às refugiadas como garotas de programa em outras duas oportunidades antes da entrevista ao podcast Paparazzo Rubro-Negro.
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