Durante a reunião, o grupo político da Palestina afirmou que o encontro pode ajudar a "virar a página" com o governo de Assad, após quase uma década evitando Damasco.
A normalização dos laços com Assad pode ajudar a restaurar a inclusão do Hamas no chamado "eixo de resistência" contra Israel, que inclui o Irã e o Hezbollah, do Líbano, aliados naturais de Assad.
Uma pequena delegação visitou Assad em Damasco nesta quarta-feira (19) "para virar todas as páginas do passado", de acordo com o chefe da delegação, o membro do Hamas Khalil al-Hayya.
"Consideramos uma reunião histórica e um novo começo para a ação conjunta sírio-palestina", disse Al-Hayya em entrevista coletiva. "Concordamos com o presidente em ir além do passado", afirmou.
Ele disse que vários fatores encorajaram a reaproximação agora, incluindo o desenvolvimento de laços de Israel com países árabes.
"A causa palestina hoje precisa de um apoiador árabe", disse ele, segundo informações da Reuters.
Vale lembrar que, na última semana, os grupos palestinos Fatah e Hamas assinaram um acordo de reconciliação na Argélia após uma rixa de 15 anos.
Segundo o jornal The Times of Israel, "o acordo foi assinado com pompa e cerimônia na presença de embaixadores estrangeiros e de uma banda militar, que tocou os hinos nacionais da Palestina e da Argélia".
A participação do governo argelino no evento ocorre semanas antes de o país sediar uma cúpula da Liga Árabe, que vem sendo pressionada pelos EUA a estreitar relações com Israel na esteira dos acordos de Abraão.