Durante entrevista veiculada pela emissora TV Prva, Vucic comentou a questão das sanções garantindo que o país manterá uma política independente e sem restrições à Rússia "enquanto não houver ameaça existencial à Sérvia".
"Se nos encontrarmos em tal situação, se eu perceber e compreender que estamos diante de uma ameaça existencial, então irei dirigir-me aos cidadãos da Sérvia e dizer-lhes que devemos fazê-lo. Você pergunta se chegou este momento e penso que não chegou. Estou orgulhoso de que, durante 240 dias, temos seguido uma política independente", disse.
Vucic acrescentou que "não está à procura de uma desculpa para impor sanções" e que poderia "encontrar milhões" de razões para não o fazer. "Busco uma posição moral e legalmente incontestável para o país que mais amo e lidero por escolha de seus cidadãos", disse.
O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, durante coletiva de imprensa após encontro com o chanceler russo, Sergei Lavrov, em Belgrado, na Sérvia, em 10 de outubro de 2021
© Serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia
/ Em fevereiro, a Rússia deflagrou uma operação militar especial na Ucrânia após pedido de assistências das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk — que aderiram ao território russo após a realização de um referendo no mês passado.
Sob a liderança dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) diversos países responderam à operação impondo sanções sem precedentes contra Moscou, incluindo o setor de energia. A Sérvia está entre os países que mantêm uma posição neutra sobre o assunto e não aderem à maioria das restrições contra o Kremlin, apesar da crescente pressão de Bruxelas e Washington.