Panorama internacional

Biden diz que ajuda à Ucrânia estará em risco caso republicanos vençam as eleições

Nesta quinta-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse estar preocupado com a possibilidade de que pacotes adicionais de assistência militar dos EUA à Ucrânia não sejam aprovados caso os republicanos saiam vitoriosos nas eleições legislativas, marcadas para novembro.
Sputnik
Biden fez a afirmação ao ser questionado sobre o assunto durante uma coletiva de imprensa.
"Esses caras [republicanos] do outro lado não entendem [...]. Eles disseram que, se ganharem, provavelmente não continuarão financiando a Ucrânia", acrescentou Biden. "Esses caras não entendem. É muito maior que a Ucrânia. É a Europa Oriental. É a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. É realmente sério, há graves consequências possíveis".
O chefe da Casa Branca disse ainda que os republicanos "não têm noção sobre a política externa americana".
Recentemente, o líder da minoria na Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, prometeu que, se os republicanos ganharem a maioria na câmara baixa do Congresso nas eleições, a Ucrânia não receberá um "cheque em branco" em assistência diante da iminente recessão nos EUA.
Diante das preocupações em relação às eleições de novembro, há movimentações no Congresso norte-americano para aprovar um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia ainda antes de janeiro. A expectativa é de que o novo pacote chegue a US$ 50 bilhões (cerca de R$ 260,9 bilhões).
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os EUA já aprovaram cerca de US$ 70 bilhões (R$ 365,26 bilhões) em ajuda à Ucrânia.
O secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin (C) com Laura Cooper, vice-secretária assistente de defesa para assuntos russos, ucranianos e euro-asiáticos e presidente do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, participa de uma reunião virtual do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia em o Pentágono em Washington, DC, em 23 de maio de 2022
As eleições legislativas nos EUA estão marcadas para o dia 8 de novembro. Atualmente os democratas mantêm o controle do Congresso norte-americano por uma pequena margem de assentos. Na Câmara dos Representantes a diferença é de apenas oito deputados, enquanto no senado há um empate no número de assentos entre os dois partidos, mas a vice-presidente, Kamala Harris, desequilibra a composição da casa a favor dos democratas.
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