A embaixada alemã em Teerã coordenou as ações dos manifestantes nos tumultos no Irã, e o comportamento dos governos ocidentais, para fomentar o conflito no país, comunicou na quarta-feira (19) a agência iraniana Fars.
Assim, a embaixada alemã, além de desempenhar um papel significativo e eficaz na pressão diplomática e na coordenação internacional para fomentar a agitação no Irã, também teria coordenado governos estrangeiros e organizações internacionais de forma a aumentar a pressão sobre a situação interna na República Islâmica.
"Pare de se intrometer nos assuntos internos de nosso país", disse o major-general Hossein Salami a acadêmicos, instrutores e estudantes de um seminário de quinta-feira (20) em Qom, condenando os tumultos e os americanos e os britânicos, que diz terem sido responsáveis por eles.
"Qualquer movimento que vocês façam contra a nação iraniana, receberão golpes várias vezes mais duros", advertiu ele, citado na quinta-feira (20) pela agência iraniana Tasnim.
A agitação no Irã começou há mais de um mês, após morte de Mahsa Amini, de 22 anos de idade, por ter usado um vestido hijab "impróprio", uma ofensa punível com prisão. Segundo alguns relatos, ela morreu depois que os policiais a atingiram na cabeça. No entanto, de acordo com o legislador iraniano Mohammad Saleh, um exame do corpo da mulher não revelou sinais de violência.