"Não posso dizer que a Rússia nunca mais fará parte de um sistema europeu de normas e — por que não — até cooperação, mas quando e se ela decidir que vai voltar a jogar pelas regras da carta da Organização das Nações Unidas [ONU], e também se comportar e se envolver como uma parte interessada internacional responsável. Então, quando eles fizerem isso, não vejo razão para não reconsiderarmos [o retorno da Rússia]", disse Geoana durante uma palestra virtual do Fundo Marshall Alemão.
A OTAN testemunhou várias expansões importantes na Europa Oriental, apesar da promessa de Washington, em 1990, de não incluir os países da região na aliança.
Em uma tentativa de aliviar as tensões, a Rússia apresentou à OTAN e aos EUA um conjunto de acordos de segurança propostos no final de 2021, destinados a melhorar as relações entre Moscou e o Ocidente. Os rascunhos dos tratados buscavam minimizar a implantação de tropas, navios de guerra, jatos e mísseis, bem como cessar a expansão da OTAN para o Leste. No entanto, os EUA ignoraram as garantias, enquanto a aliança observou que vai continuar mantendo a política de "portas abertas", levantando preocupações em meio ao aprofundamento da atividade da OTAN na Ucrânia e na Geórgia.
Após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os países da OTAN aumentaram sua assistência a Kiev, fornecendo dados de inteligência e armas ao regime ucraniano, com o chefe da aliança, Jens Stoltenberg alegando que a vitória da Rússia seria uma derrota para o bloco. No entanto, apesar de todo o envolvimento na crise ucraniana, a OTAN afirmou que não é um lado no conflito.