De acordo com ele, as intenções de Zelensky de controlar a Crimeia e Donbass a todo custo levam apenas à continuação do conflito e a um envolvimento cada vez maior dos EUA nele. Porém, historicamente a região ucraniana nunca foi zona de interesse dos EUA.
"Os Estados Unidos nunca estiveram vitalmente interessados em quem governa em Kiev. Durante o século XIX e quase todo o século XX, a Ucrânia fez parte do Império Russo ou da URSS, era governada a partir de Moscou. E essa condição não representava um problema para os EUA, a cinco mil milhas de distância. Para nós, o principal problema no conflito atual não é quem vai controlar a Crimeia e Donbass, mas que os EUA não sejam arrastados para uma guerra com a Rússia", observa Buchanan.
Ele declarou também que, devido a tais diferenças de pontos de vista, o entendimento entre os EUA e a Ucrânia será abalado, já que a destruição das relações com Moscou não faz parte dos planos da Casa Branca.
"Nosso interesse vital – o impedimento de uma guerra dos EUA com a Rússia que possui armas nucleares – pode em breve entrar em conflito com os objetivos militares estratégicos da Ucrânia, isto é, o retorno completo da Crimeia e Donbass", adverte Buchanan.
No âmbito da operação especial russa para proteger o Donbass, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN continuam fornecendo armas para a Ucrânia.
Anteriormente, o presidente dos EUA Joe Biden assinou uma lei de lend-lease (programa de empréstimo), dessa forma Washington está alocando a Kiev dezenas de bilhões de dólares. Moscou, por sua vez, tem repetidamente enfatizado que as entregas de equipamentos militares ocidentais apenas prolongam o conflito e que os meios de transporte com armas são um alvo legítimo para o Exército russo.